ENQUANTO FOR...
Elen de Moraes Kochman
Que o tempo - ou sua falta -
não amarre as mãos
do nosso sentimento.
Que a distância não se faça de algoz,
que o nosso coração não se violente
com ambíguas esperanças.
Que a memória do que foi
não ocupe demasiado espaço do que é,
do que pode vir a ser.
Que as mesmices do nosso dia a dia
não se incrustem na nossa paixão,
nem oxidem o desejo que nos abrasa.
Que o movimento natural da vida,
no seu incessante vai e vem,
não desgaste a nossa coragem
de querer, de reagir!
De lutar para vencer... ou perder.
Que as nossas almas só mergulhem
nas águas transparentes
da nossa emoção,
que elas jamais necessitem
de outras águas para navegar.
Que a nossa paixão não agonize
por ciúmes, desconfianças,
falsas aparências
ou por quaisquer desilusões.
Que esse nosso amor
feito de incertezas,
de longos silêncios,
de tantos empecilhos,
de sofridas ausências,
seja para sempre!
Enquanto for...
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