CORAÇÃO ACUADO
Elen de Moraes Kochman
Peito dói.
Tempo se faz lento... Silêncio de ouro Perde a nobreza, Vira ferro oxidado, Atassalhado, Pelo grito pungente, Perplexo... Incredulidade Tinge de funérea cor A rasgada realidade, Os precipícios da vida... Que se debruça, cansada, Sobre a estrada Calcetada com as dores De tantas perdas. Alma enlutada Entoa lamentos, Despedidas... Acena até logo A quem parte... Coração acuado Rasteja-se Pelos becos soturnos, Assombrados, Do meu resignado desespero. |
Querido mano,
na maioria dos dias, como hoje, eu te lembro, porque estaríamos comemorando teu aniversário... noutros dias te adormeço no meu coração para seguir em frente... Sabiamos todo o tempo que Deus nos havia dado o ninho de nossos pais, nesta vida emprestada, mas que um dia retornaríamos para junto Dele... uns antes, outros mais tarde...
Foste apressado e nos deixaste mais cedo do que imaginávamos ou gostaríamos... Ficou a saudade ocupando teu lugar e esse teu olhar confiante, transbordante de vida.
Até um dia!
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