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domingo, 24 de junho de 2012

A DIVINA COMÉDIA, de Dante Alighieri



Esta rápida abordagem sobre a DIVINA COMÉDIA
foi pinçada do "Passei Web" (Portal de estudos da internet),
onde a ANÁLISE da Obra é completa e de fácil assimilação.
http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/a_divina_comedia

Análise da obra
A Comédia, poema épico e obra-prima de Dante Alighieri, foi escrita provavelmente entre 1307 e 1321. O poema passou a ser conhecido como Divina Comédia apenas em sua primeira edição impressa, em 1555.
A Divina Comédia permite ter uma certa compreensão do homem medieval, não só pelas informações históricas que nos propicia, mas principalmente porque espelha, sob muitos aspectos a cosmovisão tomista e victorina típica do medieval.
EstruturaA obra é estruturada em 100 cantos, totalizando 14.233 versos. Cada parte (Céu, Purgatório e Inferno) apresenta 33 cantos. O Inferno conta, ainda, com um canto introdutório, formando o número 100, múltiplo de 10, símbolo da perfeição (100 = a perfeição do perfeito).

Cada canto é composto de 130 a 140 versos em terça rima (versos divididos em grupos de três).

Na harmonia com os números 3, 7, 10 e seus múltiplos, aparecem os indícios do forte simbolismo da cultura medieval ou da devoção do autor à Santíssima Trindade.
Essa harmonia determina a métrica adotada, com versos hendecassílabos (11 sílabas) e rimas no esquema ABA BCB, CDC... VZV (o verso central rima com os 1° e 3º do grupo seguinte). Tal estrutura deu origem ao chamado "terceto dantesco", assim denominado por ter sido Dante o primeiro a empregá-la.

São muito discutidas as datas da composição do poema: muito provavelmente, Dante começou-o por volta de 1307, para depois nele trabalhar durante toda a sua vida.


Aqui, neste link, encontrarão a DIVINA COMÉDIA
no original e mais da metade dos seus Cantos já traduzidos
para o português.



Meus "tercetos dantescos"

AMOR INCONDICIONAL


Elen de Moraes Kochman

Todo amor que nossa mãe nos dedicou,
Como filha nunca soube mensurar...
O pulso firme que ela sempre usou

Com os filhos, foi seu modo de educar,
Proteger e nos afastar do perigo,
Mas, foi também seu jeito maior de amar!

Seu regaço aconchegante, nosso abrigo;
Seu belo riso, nossa felicidade
E o seu abraço, nosso melhor amigo.

Entre outras, a sua grande qualidade,
Além de nos ensinar os bons caminhos,
Foi jamais nos iludir: sempre a verdade!

Provou-nos, com seus exemplos, que os espinhos
Machucavam menos se com Deus seguíssemos,
Do que o livre arbítrio de andar sozinhos.

Todo tempo assistiu-nos pra que sentíssemos
Sua doce presença viva ao nosso lado
E, sem medo, na batalha prosseguíssemos!

Sua fé em Deus – o seu maior legado –
Seu riso meigo de eterna esperança
E seu coração de mãe – imaculado –

Foram para nós tão imensa abastança
Que nunca sentimos falta de riquezas!
Nossa mãe: a nossa bem-aventurança!

Diligente, não deixava que as tristezas
Durassem bem mais do que uma noite em claro...
Demonstrava, sabiamente, que as belezas

Meritórias desta vida, não raro,
São a transparência e um bom coração
Que se dá por amor! Que não é avaro.

O seu grande amor de mãe – sem mutação -
Que julgava saber, só compreendi
Quando nasceu meu filho... Quanta emoção!

Ao amamentá-lo, então, entendi
Que experimentava - só naquele instante -
Um irrestrito amor que jamais senti!

Em nome desse amor tão significante,
Filhos, pela mãe, são sempre perdoados!
Ela releva a grosseria vexante,

As palavras rudes e os erros passados.
Amor materno só é menor – a meu ver –
Do que o amor de Deus pra com seus amados.

Amor de mãe só o Criador pra entender!




Um comentário:

Penélope disse...

Gosto de apreciar estas análises literárias. Cada qual que a faz dá sua pitada pessoal... Isto me encanta - ver fluir e fruir a literatura.
Abraços

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