Noturno
Elen de Moraes Kochman
Águas de cruas saudades
por onde sempre navego,
choram comigo as dores
dos amores que partiram...
Noites que - em pesadelos -
adormeceram estrelas,
acalentam minhas mágoas
e dão vazão ao meu pranto.
Sobre o universo dos sonhos
a lua balança tímida,
sem poder me confortar...
A solidão, tão medonha,
minha fiel companheira,
grita por mim o que calo,
quando sufoco os lamentos
que dilaceram minha alma.
As loucuras das paixões,
levaram-me para abismos.
Nas brumas dos meus caminhos,
esfumaram-se ilusões
que alegravam minha vida.
O que antes era meu norte,
hoje... é tão somente um sopro
que me empurra para a morte.
|
"Somethings in the rain" - playlist da série
terça-feira, 20 de agosto de 2013
NOTURNO - Elen de Moraes Kochman
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Que beleza Elen de poema. Diz tudo sobre o sentimento da solidão que algum dia todos nós passamos ou iremos passar. Bjs
Belíssimo poema, amiga! Mas que é isso? Bateu um baixo astral? Mas a alma poética é assim mesmo, vibra com alegrias, e também com tristezas, criando coisas soberbas, como essa. E bem adequado fundo musical você escolheu. Beijos!
Queridos Yara e Eugenio, obg pela simpatia do comentário! Sou assim: às vezes quando estou mais feliz é que deixo os meus ais colocarem "as manguinhas" de fora! Uma hora temos que sangrar as nossas barragens...
Beijos, meus amados! E venham sempre!
Que beleza de poema! Feliz por poder ler esta obra prima.
Obg querido Poeta João Batista Gomes do Lago, pela generosidade.
Feliz estou eu por ter gostado.
Abraços.
Postar um comentário