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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

NATAL SOLIDÁRIO - Elen de Moraes Kochman






NATAL SOLIDÁRIO
Elen de Moraes

Com a crise econômica rondando o planeta, o natal e as festas de fim de ano perdem grande parte do brilho exuberante das luzes que enfeitam cidades e lojas, pela economia que se recomenda. Desacelera-se o consumo e isso se reflete nos presentes trocados e até no cardápio da ceia, porém, não há necessidade mesmo de se gastar tanto, se lembrarmos que o Aniversariante levou uma vida bem simples.

Para quem sempre viveu na corda bamba da crise tendo que economizar e se privar de diversas coisas por não ter bola de cristal para adivinhar o que será do dia seguinte, fica difícil imaginar como pessoas que vivem em países ricos, sem que jamais precisasse “apertar o cinto”, que nunca tiveram necessidade de cortar gastos ou renunciar ao supérfluo, as viagens, roupas caras e boa comida, estão reagindo e se estruturando para o inseguro dia do amanhã, incerto para pobres e ricos.

O momento, além de cuidado com as finanças, pede solidariedade. Quem convive com o medo de perder mais do que já perdeu, deveria se lembrar dos que nunca tiveram nada para perder, dos que sempre sofreram com a escassez de alimento e ainda assim repartem entre si o pouco que conseguem comprar. Talvez, lembrar não seja a palavra adequada e sim aprender.

E aprendido têm os brasileiros que participam das campanhas para um natal melhor e para citar só uma, faço referência à “Campanha de Natal dos Correios”, realizada há 22 anos e que já se tornou sinônimo de solidariedade. Quem se dispõe a ajudar, adota uma das cartas que chegam aos milhares nas agências, enviadas por crianças carentes, endereçadas ao Papai Noel, com os mais diversos pedidos, desde bicicletas, bolas e bonecas, até material escolar e cesta básica para a ceia de natal. Os presentes são levados para os correios, anexados à cartinha que foi adotada, e os mesmos são entregues, gratuitamente, às crianças, antes do natal, pelos funcionários dessa empresa.

Lendo a respeito das campanhas natalinas e sobre as curiosidades desses festejos em outros países, duas histórias chamaram-me a atenção: a mudança do enfoque numa escola para Papai Noel, tendo em vista o treino para comportamento diferenciado, diante da crise econômica e o natal de 2011 da Família Real Portuguesa.

Sobre a escola para Papai Noel na Charles W. Howard, a mais antiga e famosa para treiná-los, dos Estados Unidos, muitas recomendações continuam as mesmas há 75 anos, entretanto, neste ano, a crise econômica tem maior peso. O Papai Noel tem que ter a certeza de nunca prometer nada para as crianças e devem aprender a moderar seus pedidos de acordo com suas famílias e saber o que responderem diante de alguns, tais como: “você pode trazer um emprego para o meu pai”? Até porque muitos Papais-Noéis se encontram ali também por estarem desempregados.

Quanto ao Natal da Família Real Portuguesa, numa entrevista especial dada a uma revista e publicada num blog, são descritos, geralmente, como são seus natais, falam sobre o cardápio de bacalhau, carnes e doces típicos para o dia 25 e o que servem no jantar da véspera, não podendo faltar as receitas brasileiras de crepes de nozes com queijos e natas e fiambre assado no forno com melaço de cana e cravos, pratos preferidos de D. Duarte (e que eu recomendo por serem deliciosos). Quanto aos presentes para as crianças, são ofertados em duas etapas: na reunião familiar do dia 25 de dezembro, recebem os presentes dos tios, avós e demais familiares e em oito de janeiro, dia de Reis, recebem os dos pais. Neste ano, entretanto, devido à crise econômica, “a Família Real decidiu acentuar o seu espírito solidário e combinou com as crianças que cada uma só irá receber um presente dado por todos os tios e o restante do dinheiro, que seria para outros presentes, será doado a uma Instituição”. Segundo a mãe, “é necessário que as crianças percebam que o importante no Natal não são os presentes e sim a celebração da vida do Menino Jesus, o espírito de paz, amor e caridade”. Tai um preceito que é um ótimo exemplo a ser seguido, de adesão e apoio aos necessitados, que traduz, no gesto, o amor ao nosso semelhante, um dos grandes ensinamentos de Jesus Cristo.

Feliz Natal para O Tribuna Portuguesa e sua equipe, seus leitores, anunciantes e colaboradores. E o meu abraço daqui do Brasil.
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