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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

INTOLERÂNCIA - Elen de Moraes Kochman










INTOLERÂNCIA

Elen de Moraes





Através da história vemos que a intolerância sempre existiu na esfera das relações entre os seres humanos, baseada em sentimentos, culturas e crenças religiosas. Talvez, tenha nascido com o homem.

Segundo Paulo Rouanet ela é “uma atitude de ódio sistemático e de agressividade irracional com relação a indivíduos e grupos específicos, à sua maneira de ser, ao seu estilo de vida e às suas crenças e convicções”.

Os intolerantes têm total dificuldade em concordar com idéias e o modo de agir que não coadunem com os seus, porque a dificuldade de auto aceitar-se como diferente, segundo alguns psicólogos, cria dificuldade de também aceitar o outro em sua diferença.

Só nos conscientizamos do quanto a intolerância é maléfica quando a ultima gota do “cálice” o faz transbordar e, ao entornar, os resíduos que estavam assentados vêm à tona, manchando tudo à sua volta.

Deve-se tolerar a intolerância?

É certo – e ainda bem - que há leis que protegem a liberdade de expressão, o direito de pertencer a esta ou aquela sociedade, a um clube, a uma determinada religião, a ter diferentes idéias políticas, etc., e nenhum direito deve ser cerceado, como também limites não devem ser impostos à liberdade.

No entanto, como saber onde o elo deve ser rompido para que se respeite o limite do outro? É possível tolerar ataques à religião e aos bons costumes? É possível tolerar a livre expressão de cunho racista e preconceituoso? Aceitar o escárnio ao que é sagrado para alguns, mesmo que não o seja para outros? É possível ser indulgente com os ataques sistemáticos contra a moral de um povo? É possível tolerar zombaria e menosprezo contra uma raça ou toda uma nação?

Devemos ter em mente que também para a tolerância há limites!

Sem entrar no mérito da questão e sem tomar partido, os últimos acontecimentos que envolveram a atriz brasileira Maitê Proença e os portugueses, por causa de um vídeo gravado por ela em Portugal, há dois anos e que só agora veio à baila por ter sido passado num canal fechado de TV, acirraram os ânimos entre portugueses e brasileiros.

Os lusitanos, magoados, dizem não aceitar que ela tenha feito zombaria com sua terra e seus costumes e que tenha cuspido ao lado de uma fonte, situada num local sagrado e histórico para eles. Fizeram um abaixo-assinado pedindo ao governo que a considerasse pessoa não grata a Portugal e que lá jamais ela possa voltar. Se foi adiante não sei informar.

 Por seu lado, a atriz reclama que só quis fazer piadas com um vídeo caseiro e que os portugueses que se irritaram não têm senso de humor e que por ela ser neta de portugueses não iria querer ofendê-los, etc., mas acabou vindo a público pedir desculpas. Porém, as mesmas não foram aceitas e exacerbaram mais os ânimos: os portugueses alegam que “a emenda foi pior que o soneto”, pois que no vídeo onde a atriz se desculpa,  mostra-se irônica e ainda acrescenta que falta aos portugueses um pouco mais de humor.

E aí acontece a intolerância:
Do lado dos portugueses, a grande maioria que deixou comentários nos sites de jornais, revistas e dos vídeos, ao invés de direcionarem sua raiva contra a atriz e seu ato inconseqüente e deselegante, voltaram-se contra todas as mulheres brasileiras, o povo em geral, contra o Presidente e até denegrindo o nome do Brasil.

Do lado dos brasileiros, a velha cantilena de querer o ouro e as pedras preciosas de volta, de acusar os portugueses de terem implantado a escravidão, de terem trazido os negros da África e hoje em dia chamar o povo brasileiro de “macacos”, pela cor da pele.

E a troca de desaforos continua entre os intransigentes de ambos os lados. Agora foi esse o motivo. Daqui a pouco surge outro.

Temos que dar um basta no preconceito e acabar com a intolerância  de se dizer que todo índio é indolente, que todo negro é bandido, que todo português é burro frontal e mal educado, que toda brasileira é puta, que todo Frances não toma banho, que todo sul-americano é ladrão, que todo árabe é terrorista, que todo americano é racista, que todo italiano é mafioso, que todo alemão é nazista e por aí afora.

Finalmente, o preconceito e a intransigência não são privilégios de um só povo. Normalmente se baseiam na ignorância e, tal como a sabedoria, não tem nacionalidade.


                                                     

domingo, 13 de janeiro de 2013

DUETO COM LUIZ POETA - "ANÍMICA" de Luiz Poeta e "ALMA PERDIDA" de Elen de Moraes Kochman



Muito obrigada querido amigo e irmão das letras, LUIZ POETA,
pela grande alegria que me permitiu com o seu belo 
soneto ANÍMICA, em dueto com a minha Alma Perdida.

Presente muito bem-vindo!

Uma homenagem que me sensibilizou sobremaneira!


ANÍMICA



Luiz Poeta

Luiz Gilberto de Barros – às 17 h e 8 min do dia 12 de Janeiro de 2013 do Rio de Janeiro – Marechal Hermes para a leveza da alma da minha irmã Literária Elen de Moraes 




Quando tua alma se dilui na minha, 
Tudo é como um riso harmonizando um pranto…
Ou como um acorde doce de acalanto,
Embalando sonhos no amor… que se aninha.

Minha alma é pele, víscera tão nua
Quando sente a tua no meu coração;
Onda no convés, quando a embarcação
Sente a dimensão do mar, quando flutua.

Almas são essências… flores coloridas,
São apenas vidas que se despetalam,
Mas a cada vez que há pétalas perdidas,

Polens levam vida à outras novas flores
Como as nossas almas, que quando se embalam,
Calam nossas mágoas… curam nossas dores.






ALMA PERDIDA


Elen de Moraes Kochman


Alma que entre outras almas vagueia perdida,
Na procura incessante do seu próprio EU,
Em busca do que não teve ou do que perdeu...
Alma sem paz. Alma sem rumo. Alma ferida.

Alma que às novas paixões se entrega iludida,
Que anseia ganhar o fogo de Prometeu,
Que tenta recuperar o que não viveu...
Alma solitária. Alma triste. Alma sofrida.

Alma que se perde em assédios à loucura,
Que se doa por prazer... Alma inconseqüente!
Alma infeliz... pois contra si mesma conjura.

Alma que, de alma em alma, deseja somente
Achar seu grande amor e sair da clausura.
Alma sedenta, alma perdida... Eternamente!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

CERTEZAS - Mario Quintana




CERTEZAS


Mário Quintana



Não quero alguém que morra de amor por mim...



Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.



Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...



Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível...


Só quero que meu sentimento seja valorizado.Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.


Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.


Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...

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