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terça-feira, 30 de julho de 2013

DISCURSO DO PAPA FRANCISCO NO RIOCENTRO - Rio de Janeiro - Br - Domingo, 28 de julho de 2013



Queridos voluntários,
boa tarde!

Não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que “há maior alegria em dar do que em receber” (At 20,35).

O serviço que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o “caminho preparado” para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor. A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!


Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação significa caminhar na direção da realização jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um. Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; Está fora de moda? Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E também tenham a coragem de ser felizes!


O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais necessitados. Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos – quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer “sim” a Deus. N’Ele está a alegria!


Queridos jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10) Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?


Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Agradeço às pastorais, novas comunidades e movimentos que colocaram seus membros a serviço desta jornada. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês.


domingo, 28 de julho de 2013

Missa do envio - Homilia do Papa Francisco - Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude - Rio de Janeiro, Domingo, 28 de julho de 2013





Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,


Queridos jovens!

«Ide e fazei discípulos entre todas as nações».
Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão!

Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.

1. Ide.
Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).

Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.

Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.

De forma especial, queria que este mandato de Cristo -”Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!

2. Sem medo.
Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo… pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!

Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!

3. A última palavra: para servir.
No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.

São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.

Ide, sem medo, para servir.
Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações».

Amém.
 

sábado, 27 de julho de 2013

O GIGANTE ACORDOU - Elen de Moraes Kochman


Acessar o link
http://issuu.com/npgproductions/docs/ptwebpage080113?e=1693365/4193017

 
 O Gigante acordou! 
                                                           

Dei trégua ao tempo, deixei assentar a poeira das passeatas que aconteceram – e ainda acontecem – nos últimos trinta dias, pelo Brasil, para entender o que estava à frente ou por trás do movimento e só então falar a respeito.

E começo pelo adoecimento da euforia com o Brasil do futuro, quando a insatisfação tomou o lugar da esperança e vimos o “salvador da Pátria”, o ex-presidente Lula (e o seu partido, que era a voz da oposição), se aliar aos seus inimigos políticos, corruptos, como ele os execrava em seus comícios, para ter grande maioria no Congresso e aprovar, assim, tudo o que o governo “precisasse”, o que nos fez perder a confiança nos políticos, de modo geral. O povo ainda o reelegeu e elegeu a sua sucessora.

Entretanto, o descontentamento da população – com a falta de investimentos nas nossas necessidades básicas e não só, e por outro lado o dinheiro que se gasta com 39 ministérios e os que neles trabalham; os políticos se dando aumentos de salários de mais de 60%, quando os trabalhadores e aposentados recebem aumento muito pequeno; o dinheiro dado a países para construírem estradas e reformar aeroportos, quando os nossos não recebem investimentos – era a tônica das conversas entre familiares e amigos. E vieram os protestos pelas redes sociais e através de e-mails, porém como tantos, eu também acreditava que o brasileiro só saía da sua zona de conforto para o carnaval e o futebol, embora já não pudéssemos suportar o que nos saltavam aos olhos: a roubalheira, a corrupção, políticos condenados que ainda ocupam seus cargos, a gastança desenfreada do dinheiro público pelos políticos e seus familiares, em viagens de férias, os “mensaleiros”, etc. Como disse o Hélio de La Peña, num artigo postado no Estadão: “Conseguimos, enfim, derrubar a direita e colocar a esquerda no poder. E o que se viu? A maior sequência de escândalos e corrupção da nossa história”

E foi entre surpresos e desconfiados que vimos nossos jovens saírem às ruas, exigindo, no primeiro momento, que o governo retrocedesse no aumento das passagens de ônibus, trens e metrô. Nos dias que se seguiram, as reivindicações se avolumaram em torno de tudo que estava errado, inclusive o custo altíssimo - dizem que superfaturado - das obras dos estádios de futebol, para a copa do mundo de 2014, quando a nossa prioridade era e é saúde, educação e segurança. E esse foi o motivo das estrondosas vaias que receberam o dirigente da FIFA e a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, por ocasião da inauguração do estádio Mané Garrincha, de Brasília, na abertura da Copa das Confederações. O mundo se espantou, mas não se furtou em noticiar.

Verdade que o movimento nas ruas começou com reivindicações pelo “passe livre” nos transportes, em diferentes datas e em diversas cidades do Brasil. No entanto, o aumento de vinte centavos nas passagens, em São Paulo e no Rio de Janeiro, foi a gota d’água que levou dezenas de milhares de jovens a cobrarem, em passeatas, a reversibilidade do aumento. Por causa dos baderneiros “infiltrados” nas passeatas, a repressão e a truculência policial foi intensa e, por isso, dois dias depois o povo ocupou, novamente, as ruas e dessa vez tinha a seu lado gente de todas as idades (inclusive em outros países), exigindo que os políticos atentassem para os seus deveres, sem conchavos, e ouvissem o clamor da voz de um povo cansado de ver a corrupção matar seus ideais e de constatar que os escrúpulos são jogados para debaixo dos tapetes, onde os mesmos políticos pisam e desgastam os sonhos dos que esperam viver numa Pátria mais justa, séria, honesta, desenvolvida e acolhedora. Gerações lutando por melhores tempos, intimando a Presidente Dilma a cumprir as promessas de campanha, feitas quando quis chegar ao poder; pessoas determinadas a terem os seus direitos respeitados, cobrando um país onde as leis sejam cumpridas e não só os pobres paguem pelos seus crimes. A esse clamor juntou-se o da nova classe média e o dos que já não se contentam com a “bolsa família” (ajuda financeira que o governo dá aos “pobres”, ao invés de providenciar empregos) e agora exigem muito mais dessa dita “justiça social”.

Governo, oposição, antropólogos, cientistas políticos, jornalistas, etc., no primeiro instante não entenderam os motivos das reivindicações e passeatas, e o pior, não sabiam com quem negociar, porque o movimento não tinha líderes e a multidão não queria partidos políticos - nem sindicatos - se aproveitando do acontecimento, com fins eleitoreiros. O distanciamento dos partidos não significou falta de interesse político (nem fascismo, como disseram muitos) e sim desilusão com o atual sistema.

O Congresso fez o mea culpa, a Presidente recebeu diversos segmentos da sociedade, reuniu-se com aliados e assessores, expôs ideias, mas de concreto ainda não atendeu nenhuma reivindicação. Alguns governantes retrocederam no aumento das passagens. O Gigante acordou e não pensem que está cochilando: já está marcando o retorno na primavera. Por agora está dando uma trégua pela vinda do Papa, acreditam muitos, embora ninguém tenha certeza de nada. 

Elen de Moraes Kochman 


sábado, 20 de julho de 2013

AMIGO VERDADEIRO - Elen de moraes Kochman




Dia do amigo




 
Obrigada amados amigos e família,
por estarem sempre comigo! E aos que não podem estar,
 também agradeço, porque reconheço que o tempo é ouro
em pó nessa ventania que é a vida agitada de todos nós...
Beijos!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

QUANDO NAS MÃOS DE DEUS... Elen de Moraes Kochman









 Quando nas mãos de Deus...

Elen de Moraes Kochman


Quando nas mãos de Deus a gente se coloca,
No coração o regozijo faz morada,
Fardo fica leve, aflição não mais sufoca...
Cessa a lágrima! Vislumbramos nova estrada!

Quando nas mãos de Deus a gente se coloca,
A vida se renova ao longo da jornada.
Profundamente, a dor do nosso irmão, nos choca.
E perdão nós liberamos de alma lavada.

Quando nas mãos de Deus a gente se coloca,
O receio pelo amanhã não faz pousada.
Vencer batalhas, a fé sempre nos convoca!
E a alma, pra tudo, se sente preparada.

Quando nas mãos de Deus a gente se coloca...
Vida eterna é a parte da herança que nos toca.

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