"Somethings in the rain" - playlist da série
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
domingo, 8 de novembro de 2015
FINAL DE LINHA - Elen de Moraes Kochman
Final de Linha
Elen de Moraes Kochman
Elen de Moraes Kochman
Final de linha.
Fico por aqui.
Desço de ti,
sigo sozinha.
Fico por aqui.
Desço de ti,
sigo sozinha.
Ah... Cansei de dividir
teu corpo com outras mulheres.
Enoja-me a tua boca
Enoja-me a tua boca
cativa de tantos beijos,
teus lábios molhados
no lodo de tantas salivas.
Não quero mais
teu sexo forçado,
teus lábios molhados
no lodo de tantas salivas.
Não quero mais
teu sexo forçado,
perdido em lembranças,
cansado de tantas andanças.
Desinteressante!
cansado de tantas andanças.
Desinteressante!
Vazio. Sem alegria.
Aliás, não sigo sozinha,
volto daqui!
Quero me encontrar
nesse caminho,
onde perdi minha dignidade
e o meu amor próprio.
Vingança? Não!
Basta-me a certeza
que terás saudades
Basta-me a certeza
que terás saudades
do meu corpo...
enrolado nos teus lençóis,
entregue ao teu prazer;
a certeza
a certeza
de que não suportarás saber
que em outro abraço
me satisfaço.
Final de linha.
Fico por aqui.
Desço de ti.
Sigo sozinha.
domingo, 1 de novembro de 2015
A Passagem - Elen de Moraes Kochman
A
Passagem
Elen
de Moraes Kochman
Partes
em paz... tua última viagem!
Passas
o vale e te juntas ao Pai.
Serenamente
acontece a passagem.
Bendito
seja o nome de Adonai!
Tu’alma
serena, de etérea linhagem,
Deixa
a frágil matéria e se abstrai,
Ora
que o silêncio vira paragem
Do
tempo... E da vida que se esvai.
Infinito
desce sobre o teu rosto,
Um
manto de nuvens é sobreposto
Sobre
o teu corpo. Final da agonia.
Calam-se
os acordes. Dá-se a partida.
Morre
a matéria... Há choro. Despedida.
Dobram-se
os sinos. Falece a alegria.
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A Insustentável leveza da vida - Elen de Moraes Kochman
A insustentável leveza da vida
Elen de Moraes Kochman
Aflita, tua alma soluça... solitária, Dilacerada em seu profundo desencanto, Pela noite que te desce, desnecessária, E te envolve com o negrume do seu manto. Nos ruídos entrecortados e gementes, O sofrimento intenso que teu Ser transpassa, Sublima-se nas tuas forças transcendentes, Na augusta e comovente fé que te encouraça. Rosto pálido, encovado, num quê de espanto... Espasmofilia. Máscara de tristeza. Conquanto em tua face etérea um silente pranto, Na alma, do Deus Onipotente, a certeza! Ausência da palavra em tua voz combalida. No corpo, a insustentável leveza da vida. |
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