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sábado, 19 de julho de 2014

RUBEM ALVES - Pensamentos e Poemas - Biografia



"A alma é uma borboleta...
há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."


A saudade é a nossa alma 
dizendo para onde ela quer voltar.


Amar é ter um pássaro pousado no dedo. 
Quem tem um pássaro pousado no dedo 
sabe que, a qualquer momento, ele pode voar


"Não haverá borboletas 
se a vida não passar por longas 
e silenciosas metamorfoses."


Cartas de amor são escritas não para dar notícias, 
não para contar nada, mas para que mãos separadas 
se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.


Cartas de amor são escritas não para dar notícias, 
não para contar nada, mas para que mãos separadas 
se toquem ao tocarem a mesma folha de papel.


" Toda separação é triste.
Ela guarda memória de tempos felizes 
( ou de tempos que poderiam ter sido felizes....) 
e nela mora a saudade."


Aquilo que está
escrito no coraçao não
necessita de agendas
porque a gente não
esquece. O que a
memória ama fica eterno.


“Aprenda a gostar, mas gostar mesmo, das coisas 
que deve fazer e das pessoas que o cercam. 
Em pouco tempo descobrirá que a vida é muito boa 
e que você é uma pessoa querida por todos.”


Será possível, então, um triunfo no amor? Sim. 
Mas ele não se encontra no final do caminho: 
não na partida, não na chegada, mas na travessia.


Tem razão o poeta:
 “O amor é a coisa mais triste quando se desfaz.”
 É triste por causa do retrato: porque ele faz lembrar 
uma felicidade que se teve e que não se tem mais.
 O retrato é uma sepultura.


“Amor é estado de graça e com amor não se paga”. 
Nada mais falso do que o ditado popular que afirma que 
“amor com amor se paga”. 
O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. 
Nada te devo. Nada me deves. 
Como a rosa que floresce porque floresce, 
eu te amo porque te amo".


"Todo mundo gostaria de se mudar para um lugar mágico. 
Mas são poucos os que têm coragem de tentar."


Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
 quero a essência, minha alma tem pressa.


Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, 
subitamente, a beleza única do momento 
que nunca mais será…


Amo a minha vocação, que é escrever. 
Literatura é uma vocação bela e fraca. 
O escritor tem amor, mas não tem poder.


Nietzsche disse que só existe uma pergunta a ser feita
 quando se pretende casar: 
‘continuarei a ter prazer em conversar 
com esta pessoa daqui a 30 anos?’.


"A verdade mora no silêncio
 que existe em volta das palavras. 
Prestar atenção ao que não foi dito, 
ler as entrelinhas. 
A atenção flutua, toca as palavras 
sem ser por elas enfeitiçada. 
Cuidado com a sedução da clareza! 
Cuidado com o engano do óbvio!


“...Quando tudo se aquieta,
e o tempo diz sua passagem
nas cores que se sucedem,
o rosa, o vermelho, o marrom,
o roxo, o negro...
Sabe-se então que o fim chegou.
Pôr-do-sol é metáfora poética,
e se sentimos assim é porque
sua beleza triste mora em nosso
próprio corpo.
Somos seres crepusculares..."


Rubem Alves
Escritor e teólogo brasileiro
Biografia de Rubem Alves:

Rubem Alves (1933-2014) foi teólogo, educador e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia, psicologia e de histórias infantis.

Rubem Alves (1933-2014) nasceu na cidade de Boa Esperança, Minas Gerais, no dia 15 de setembro de 1933. Em 1945 muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Criado em uma família protestante, tornou-se pastor.

Entre 1953 e 1957 cursou Teologia no Seminário Presbiteriano de Campinas, São Paulo. Em 1958 muda-se para a cidade de Lavras, Minas Gerais, onde exerce a função de pastor até 1963. Nesse mesmo ano foi estudar em Nova York, retornando em 1964, com o título de Mestre em Teologia, pela Union Theological Seminary.

Em 1968, foi perseguido pelo regime militar brasileiro, que o acusou de subversão. Viajou aos EUA, onde cursou doutorado em filosofia na Princeton Theological Seminary.

De volta ao Brasil, nos anos 70, Rubem Alves ensinou filosofia na Universidade de Campinas (Unicamp). Ocupou diversos cargos, entre eles, o de Diretor da Assessoria Especial para assuntos de Ensino, de 1983 a 1985.

Nos anos 80, torna-se psicanalista através da Sociedade Paulista de Psicanálise. Passou a escrever nos grandes jornais sobre comportamento e psicologia.

Rubem Alves, depois de aposentado, investiu seu tempo em um restaurante para exercer seu gosto pela gastronomia. O local era também usado para eventos culturais que envolviam cinema, pintura e literatura.

Dos vários livros que Rubem Alves publicou, vale a pena destacar “O Que é Religião?" (filosofia e religião), “A Volta do Pássaro Encantado”, “O Patinho que não Aprendeu a Voar” (livro infantil) “Variações Sobre a Vida e a Morte” (teologia) e “Filosofia da Ciência” (filosofia e conhecimento científico).

Rubem Alves faleceu em Campinas, São Paulos, no dia 19 de julho de 2014
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