"Somethings in the rain" - playlist da série

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Donde Estara Mi Primavera - Marco Antonio Solis



Onde Estará Minha Primavera

Marco Antonio Solis

Eu te devo tanto,
tanto amor que agora,
te presenteio com minha renúncia.
...
Sei que você me amou,
Eu pude sentir.
Quero descansar em teu perdão.

Vou fazer de conta
que você nunca se foi,
que foi de viagem e nada mais
E com tua lembrança,
quando estiver muito triste,
farei da solidão minha companhia.

Quero que minha ausência,
sejam as grandes asas,
com as quais você possa
desprender

esse vôo alto,
de muitas escalas,
que em algum lugar possa se perder.

Eu aqui entre o nada
vou falar de tudo.
Procurarei continuar do meu jeito.
e mesmo que os anos
apaguem da minha memória
não deixarei de perguntar:

Onde estará minha primavera?
Onde o sol se escondeu,
que se esqueceu do meu jardim,
e a alma se foi?

Corpo sedento - haikai - Elen de Moraes Kochman


domingo, 13 de maio de 2012

AMOR INCONDICIONAL - Elen de Moraes Kochman





Amor incondicional

Elen de Moraes Kochman




Todo amor que nossa mãe nos dedicou,
como filha, nunca soube mensurar...
O pulso firme que ela sempre usou

com os filhos, foi seu modo de educar,
de proteger, nos afastar do perigo,
mas, foi também seu jeito maior de amar.

Seu regaço aconchegante, nosso abrigo;
sua proteção, nossa felicidade;
o seu abraço, nosso melhor amigo.

Entre outras, a sua grande qualidade,
além de nos ensinar os bons caminhos,
foi jamais nos iludir: sempre a verdade!

Provou-nos, com seus exemplos, que os espinhos
machucavam menos se com Deus seguíssemos,
do que o livre arbítrio de andar sozinhos.

Todo tempo assistiu-nos pra que sentíssemos
a sua doce presença ao nosso lado
e sem medo, na batalha prosseguíssemos.

Sua fé em Deus – o seu maior legado –
seu riso meigo de eterna esperança
e seu coração de mãe – imaculado –

foram para nós tão imensa abastança,
que nunca sentimos falta de riquezas...
Nossa mãe: a nossa bem-aventurança.

Diligente, não deixava que as tristezas
durassem muito mais que uma noite em claro...
Demonstrava, sabiamente, que as belezas

meritórias desta vida - e não raro -
são a transparência e um bom coração
que se dá por amor, que não é avaro.

O seu grande amor de mãe – sem mutação -
que eu julgava saber, só compreendi
quando nasceu meu filho... Quanta emoção!

Foi ao amamentá-lo, então, que entendi
que experimentava - só naquele instante -
um irrestrito amor que jamais senti.

Por esse amor deveras significante,
pela mãe, filhos são sempre perdoados.
Ela releva a grosseria humilhante,

as palavras rudes e os erros passados.
O amor materno só é menor – a meu ver –
que o amor de Deus para com os seus amados.

Amor de mãe... só o Criador pra entender!


Homenagem à minha querida 
mãe Maria G. de Moraes

Em memória
18.01.1919 - 21.02.2016

Poesia em "Tercetos Dantescos"
com versos hendecassílabos 
 e rimas no esquema ABA, BCB, CDC...
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VOZ: Elen de Moraes Kochman - Elegia do adeus

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