"Somethings in the rain" - playlist da série

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

PÉROLAS DO HUMOR BRASILEIRO - colhidas na net


Pérolas do humor brasileiro
colhidas na net


Quando estamos fora, o Brasil dói na alma;
quando estamos dentro, dói na pele.
Stanislaw Ponte Preta

O uísque é o melhor amigo do homem.
Ele é o cachorro engarrafado. 
Vinícius de Morais

Os homens mentiriam muito menos
se as mulheres fizessem menos perguntas. 
 max Nunes

Das três melhores coisas da vida
a segunda é comer e a terceira é dormir.
Stanislaw Ponte Preta

Junta médica é uma reunião que os médicos
fazem nos últimos momentos de nossa vida,
 para dividir a culpa. 
Jô Soares

Pior do que o fim do mundo,
para mim é o fim do mês.
Zeca Baleiro

O Brasil é feito por nós.
Só falta agora desatar os nós. 
Barão de Itararé

Quem se mata de trabalhar
 merece mesmo morrer. 
Milôr Fernandes

Chega de debate de idéias.
Onde já se viu um político brasileiro
dotado de idéias?  
Diogo Mainardi

Democracia é quando eu mando em você.
Ditadura é quando você manda em mim.  
 Millôr Fernandes

No Brasil, quem tem ética parece anormal.  
 Mario Covas

Não é triste mudar de idéias;
triste é não ter idéias para mudar.  
Barão de Itararé

Comecei uma dieta:
cortei a bebida e as comidas pesadas
e em quatorze dias perdi duas semanas! 
Tim Maia

Ultimamente tenho feito a dieta da sopa...
deu sopa, eu como!!
Claudia Trepichio

Brasil? Fraude explica
Carlito Maia

Era um menino tão mau
 que só se tornou radiologista
 para ver a caveira dos outros.  
Jô Soares 

A prosperidade de alguns homens públicos
do Brasil  é uma prova evidente de que eles
vêm lutando pelo progresso

do nosso subdesenvolvimento.
Stanislaw Ponte Preta

A minha vontade é forte,
 mas a minha disposição de obedecer-lhe é fraca.
Carlos Drumond de Andrade

O Brasil é um país geométrico .....
 tem problemas angulares,
discutidos em mesas redondas,
por um monte de bestas quadradas. 
(sumiram com o autor)

Quem mata o tempo não é assassino,
é suicida!
 Millôr Fernandes


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O MENSALÃO... (a corrupção, do nosso descobrimento ao mensalão) - Elen de Moraes Kochman




A corrupção,
do nosso descobrimento
ao Mensalão.

O Mensalão e seus 40 ladrões.

Elen de Moraes Kochman


Gosto de pesquisar sobre a contribuição que os portugueses nos deram com sua língua melodiosa, sua culinária, inclusive a bela cor dourada dos mulatos que, como diz o poeta, é criação dos nossos colonizadores. Escrevi algumas vezes sobre o excelente legado da cultura portuguesa, entretanto, como o assunto do momento é a corrupção, interessei-me em saber em que época essa prática foi mais explícita e intensa. Segundo alguns historiadores, a primeira vez que dela se falou foi com a informação do nosso descobrimento. Bom frisar: nem todo português que veio para a colônia e que aqui trabalhou e enriqueceu a exercia; que a corrupção, por ser uma “doença inerente ao ser humano de caráter duvidoso”, é praticada em quase todos os países. O louvor vai para quem a investiga e pune.

São tipos mais comuns de corrupção o tráfico de influência, a extorsão, o suborno (propina) e o nepotismo (nomear parentes). Muitos políticos não se acanham de, publicamente, explicar a nomeação de familiares por desejarem pessoas de “confiança” trabalhando em seus gabinetes, em detrimento de gente melhor preparada e muitas vezes mais competente, para o cargo.
 
O primeiro ato de nepotismo que se tem notícia em terras brasileiras (dizem alguns, embora outros não concordem), foi feito por Pero Vaz de Caminha, num pós-escrito de sua carta ao Rei de Portugal narrando a descoberta do Brasil. Ele pedia a volta do seu genro que vivia em degredo na África: "E pois que, Senhor, é certo que tanto neste cargo que levo como em outra qualquer coisa que de Vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro, o que Dela receberei em muita mercê.Beijo as mãos de Vossa Alteza". (Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500).

Na época da colonização os casos mais comuns de corrupção eram ligados aos funcionários públicos encarregados de fiscalizar o contrabando e outras infrações contra a coroa portuguesa. Ao invés de fazerem o trabalho para o qual eram contratados, acabavam praticando comércio ilegal do pau-brasil, tabaco, ouro, diamante, etc. Esses produtos, que só poderiam ser comercializados com especial autorização do rei, iam parar nas mãos dos contrabandistas e Portugal se esquivava em resolver o problema, porque estava mais interessado em manter os rendimentos da camada aristocrática.

E a corrupção não deixou de existir com a chegada da família Real Portuguesa. Pelo contrário, ao partir de Portugal rumo ao Brasil, D. João VI trouxe em sua comitiva entre 10 e 15 mil pessoas da corte, que passaram a viver à custa do dinheiro público. Muitos conselheiros do Príncipe Regente enriqueceram cobrando propinas dos ricos fazendeiros, confiscando suas casas, etc. e mais tarde, durante o Império, mesmo Dom Pedro I sendo mais estadista do que o seu pai, tinha entre seus amigos pessoas pouco recomendáveis nomeadas para cargos importantes, que mandavam e desmandavam. Já Dom Pedro II, homem culto, apreciador das artes e ciências, mecenas, poliglota, porém sem nenhuma aptidão para governar, fazia vistas grossas para os desmandos no seu governo.

Com a República, pouco ou nada mudou, a não ser o impeachment de Fernando Collor de Mello. Cada Presidente que assumia o poder chegava com a promessa de combater a corrupção e investigar seu antecessor. E foi com a promessa que Luis Inácio Lula da Silva chegou à Presidência. A era Lula (2003-2010) foi marcada por avanços na economia, por melhorias sociais, mas também por grandes escândalos políticos. E o maior e mais famoso foi o do “Mensalão”, cujos participantes atualmente são julgados pelo Supremo tribunal Federal, por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Em 2005, decidiu o Deputado Federal e Presidente do PTB, Roberto Jefferson, ao ser acusado de participar do esquema de propinas dos Correios, denunciar a existência de outro esquema que segundo ele, deputados de alguns partidos, inclusive do seu, recebiam dinheiro por mês para votarem projetos de interesse do governo Lula. Jefferson foi cassado e seguiu afirmando a existência do suborno pago aos deputados, que recebeu o nome de “Mensalão”. Ele próprio afirmava ter recebido quatro milhões do PT (partido do governo). Inocentou o Presidente Lula, que se reelegeu em 2006, embora haja comentários de que o Presidente sabia do que se passava nos bastidores do seu governo.

Em 2007, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo contra os 40 envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus estão José Dirceu, a cúpula do PT daquela época e até um (ex) Bispo da igreja Universal, entre outros, os quais respondem por crime de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, etc.

José Dirceu, ex- ministro da Casa Civil, homem forte do governo Lula, considerado o chefe da quadrilha do Mensalão, foi condenado a 10 anos e 10 meses de cadeia em regime fechado e a pagar multa superior a R$ 600 mil. Todos os passaportes foram recolhidos. Agora é esperar que nenhuma manobra seja feita para impedir que se cumpra a Lei.
 





sábado, 24 de novembro de 2012

ERA UMA VEZ...uma garotoa gorda - Elen de Moraes Kochman





Era uma vez...
uma garota gorda.

Elen de Moraes kochman

Quando se conta uma história, geralmente inicia-se por “era uma vez...”, porém, hoje começo dizendo que “esta é a vez...” da bela desta história!

Desde cedo, Karla pouco se sentiu feliz e com o tempo desistiu de tudo e se escondeu atrás dos quilos de gordura que se apossavam do seu corpo e se acumulavam, à medida que os anos passavam. Sua ansiedade se tornava mórbida. Talvez a historia ficasse mais interessante se eu a fantasiasse com bruxas más e príncipes encantados, mas, ao contrário dos contos, a “princesa” em questão era bem comum, nascida num lar bem estruturado, um bebê esperado e amado ao extremo.  Pode ser que o amor excessivo tenha desencadeado o processo da sua obesidade, uma vez que nada lhe era negado por ser filha única e porque para alguns pais e avós, criança sadia é criança “fofinha”.  Até nos anúncios de TV e revistas não se vê crianças magras (ou não se via).

Por trabalharem, seus pais deixavam-na aos cuidados de uma babá que se encarregava do preparo da sua alimentação e lhe servia refrigerantes, massas, sanduíches e biscoitos, ao invés de uma comida saudável, contrariando as orientações do Pediatra. Os finais de semana se tornavam conflitantes, porque sua mãe não conseguia convencer a filha a comer legumes, verduras, frutas e sucos naturais, uma vez que a menina se acostumara ao paladar das guloseimas.

Cedo resolveram matriculá-la num “jardim de infância” para conviver com outras crianças e ter atividades físicas. A menina descobriu-se diferente ao receber apelidos pejorativos dos coleguinhas e ao ouvir exclamações de espanto, na rua, sobre suas perninhas grossas. Os meninos atormentavam-na bem mais do que as meninas.

Karla criou seu mundo de faz de conta, não permitindo que dele alguém participasse, a não ser uma amiga com quem mantém amizade até hoje e que se tornou sua confidente. Naquele “esconderijo” sentia-se bem. Não se relacionava com as crianças do prédio onde morava, pois nessa época, já aos cuidados da avó materna, primeiro, não tinha permissão para sair e segundo, por ela mesma se sentir desconfortável. Assim foi que desistiu das festinhas próprias da sua idade e desenvolveu mania de perseguição, pois em todos os lugares aonde ia, parecia-lhe ouvir risos e cochichos sobre ser gorda.

No entanto, Karla tinha um sonho: ser “prima ballarina” do Teatro Municipal e cantar em musicais. Seus pais viram nesse desejo nova oportunidade da filha se interessar por uma dieta, se exercitar e emagrecer. E foi assim que Karla passou a estudar ballet aos seis anos. Ali, também foi motivo de brincadeiras cruéis. Aos doze anos, ouviu de sua professora que, por ser gorda, jamais seria bailarina. Engoliu a decepção, desligou-se da escola de dança e se permitiu rios de lágrimas pelos sonhos desfeitos.

Foi um período complicado: apaixonou-se por um garoto que era quem mais fazia chacotas com sua aparência. Nunca lhe falou sobre seus  sentimentos. Desistiu do amor e de ter namorados, por todos os anos seguintes. Ainda adolescente viu-se às voltas com uma disfunção hormonal da tireóide e embora tenha imediatamente começado um tratamento, o distúrbio só contribuiu para descontrolar bem mais o seu peso.

Seus pais jamais desistiram de ajudá-la, porém, com o tempo, também engordaram e a luta contra a balança, agora, era de toda família. Karla tentou varias dietas sem sucesso: emagrecia e engordava o dobro.

Mudaram-se do Rio de Janeiro para uma cidade serrana e entre a solidão e a saudade, bateu a depressão e com ela a vontade de mais comer. Nesse mesmo ano começou a cursar Odontologia e numa de suas férias realizou outro sonho que era o de trabalhar uma temporada na Disney.

Por não emagrecer, passou a questionar-se sobre a hipótese de uma cirurgia para diminuir o estomago. Relutava porque, paradoxalmente, queria ser magra comendo bem. O tempo voou e no penúltimo ano da sua faculdade, resolveu que no baile de formatura estaria magra. Marcou a operação. Aproveitou uma viagem de seus pais a Portugal, tratou dos exames, risco cirúrgico, teve reunião com cirurgião e anestesista e dez dias depois do retorno dos seus pais, aos 22 anos, com 1,71 de altura e pesando 130 quilos, Karla foi operada.

No pós operatório teve assistência de sua mãe. Karla diz que não dá para fazer uma cirurgia aberta, desse porte, sem que uma pessoa dedicada e paciente, esteja ao lado. Seis meses após, ela havia tirado do seu corpo 30 quilos. Um ano depois teve que remover a vesícula e hoje, passados dois anos, jogou fora um total de 57 quilos. Atualmente, estabilizado seu peso, inicia nova etapa: a de conseguir uma cirurgia plástica para modelar suas  pernas. 

Karla nos conta o final da sua história:

“Estou estagiando como professora de Jazz. Voltei ao sapateado e ballet. Encenei duas peças de teatro e sonho com a Broadway, mesmo sabendo do quanto preciso me preparar para chegar La!! Voltei às minhas aulas de canto. Parei de trabalhar como dentista, tenho que me decidir sobre isso. Não deveríamos fazer escolhas baseados só no presente. O que eu quero muito fazer, pode não dar mais tempo, porém,  mesmo assim vou correr atrás dos meus palcos que é onde sempre quis e quero estar. Um recado para quem enfrenta os problemas que tive: ninguém poderá te ajudar se não tiveres sonhos para realizar!”
 
 

 Nota:
Fiz essa matéria em outubro de 2010.
Hoje, Karla faz pós-graduação e trabalha em seu consultório dentário.
Paralelamente, participa de um grupo de teatro e já encenou
algumas peças na cidade onde mora.
Ensaia, atualmente, um musical cuja estreia, no Rio de Janeiro,
 será em março de 2013.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

GUERRA E PAZ - Elen de Moraes Kochman





Guerra e Paz


Elen de Moraes Kochman



Um dia nós germinamos
duma mesma sementeira
e dela nós nos tornamos
ramificação cabal,
força, raiz axial
da videira verdadeira;
também caulificação,
-a galhaça- parte inteira
pra partilha da fração.


Temos o mesmo cariz,
prerrogativa arbitral
para fazermos o bem
ou escolhermos o mal,
e decidir de que lado
vamos ficar e com quem...
Por que escolher a guerra,
essa luta indecente
que assassina e sacrifica
o nosso irmão inocente?
Que mata por ideal,
que mata em nome de Deus,
que mata em seu próprio nome?


Se pra alguns, fazer a guerra
é motivo pra ter Paz,
desprezível é o homem
que no ódio se compraz!
Animal recalcitrante
que vive sem dedicar
amor ao seu semelhante,
Semente que foi plantada
pela mão do Criador,
o mesmo Deus e Senhor.


Não adiantam armistícios
se dentro de cada um
a guerra não for sanada,
nem tampouco artifícios
por essa paz ansiada,
se começa em nossos lares,
da guerra, as preliminares!


É tão triste e dilacera
ver criança explodida
por um míssil governado,
quanto ver um inocente
pelas ruas da cidade,
da violência, nos braços.
Também, ser assassinado,
por uma bala perdida,
pela droga consumida
que contamina seu corpo,
que transforma os seus órgãos
em descartáveis pedaços!


Maldito homem tenaz,
que luta "em nome de Deus"!
Bendito homem da paz,
que acolhe inimigos seus!



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

EM SEUS BRAÇOS - Elen de Moraes Kochman




Em Seus braços

Elen de Moraes Kochman


Descanso em seus braços...

A noite não foi sonho!
Um suave sorriso
Vivifica meus lábios...
Tinge-se de luz
Aquele olhar tristonho,

Sem brilho,
Da mulher que necessita
Ser amada.


Você,
Lascivamente satisfeito.
Eu,
Gostosamente aconchegada
No seu peito.
Dois corpos abandonados
Às delícias...
Às loucuras do amor
Que acontece.
Ligados pelo fogo da paixão
Que amanhece...



A PALAVRA - haikai Elen de Moraes Kochman





(Trecho do meu poema "O grito")


No som abafado
Da palavra
Pendurada no casulo,
Que por não ter onde cair,
Engulo...



terça-feira, 13 de novembro de 2012

AMOR INASCÍVEL - haikai - Elen de Moraes Kochman



(Trecho do meu poema "Dedos do desejo")

Do tempo, em brancas areias,
Da vida, em praias bravias,
Estiro-me às marés cheias!

Ondas amantes, vadias,
Lambem meus seios morenos,
Nos seus deleites de amar.

Os lânguidos movimentos
 Incessantes e obscenos, 
Acalmam seu marulhar.



domingo, 4 de novembro de 2012

Em brancas nuvens - haikai Elen de Moraes Kochman



Aprendi
com as nuvens
a me movimentar em todas as direções,
não me prender a nada,
a lugar nenhum...

- Trecho do meu poema "Coisas que aprendi" -





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