"Somethings in the rain" - playlist da série

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

COMIA-TE TODA - Elen de Moraes Kochman






COMIA-TE TODA!

Elen de Moraes Kochman   

                      
Comia-te toda... minha torta gostosa!
Só de te olhar sinto um enorme calafrio
tomar conta de mim... e tu, toda cremosa,
provocas-me... Pões minha dieta por um fio.


Da vitrine, te ofereces tão glamourosa...
Meu desejo por ti é mais que doentio:
ele se apodera, de forma vergonhosa
dos meus fracos sentidos... do meu desfastio.


Quero esse teu volteio de merengue mole
seduzindo-me... como na dança de um tango.
Só de te imaginar... minha fome te engole!


O meu pecado é desejar comer-te... assim.
Como resistir ao chantilly com morango,
se te ofereces, continuamente, pra mim?

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CERTEZAS - Mário Quintana



 CERTEZAS


Mário Quintana



Não quero alguém que morra de amor por mim...



Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.




Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...



Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível...



Só quero que meu sentimento seja valorizado.Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.



Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.



Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

UM DIA VOCÊ APRENDE... - William Shakespeare





 Um dia você aprende...

William Shakespeare


“Depois de um tempo você aprende a diferença, a  sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma”.

• E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

• E começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.

• E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

• E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.

• Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

• E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

• Aprende que falar pode aliviar as dores emocionais.

• Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

• Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

• Aprende que não tem que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

• Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que a veremos.

• Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.

• Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que se pode ser.

• Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

• Aprende que não importa onde chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.


• Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja a situação, sempre existem dois lados.

• Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequencias .

.  Aprende que paciência requer muita prática.

• Descobre que algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

• Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que quantos aniversários você celebrou.

• Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

• Aprende que nuca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

• Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.

• Descobre que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.

• Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

• Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.

• Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

• E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

“Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.”

terça-feira, 18 de setembro de 2012

EXORTAÇÃO - J.G.de Araujo Jorge - 1935





Exortação



- Poema de JG de Araujo Jorge -
extraído do livro
"Bazar de Ritmos" 1a edição1935 )



Sonha, poeta!... O sonho é o entorpecente,
o mais sublime tóxico do mundo,
a morfina ideal do teu viver...
-sonha um sonho infinito, azul, profundo,
indefinidamente,
e esquece a vida que tu tens presente
pela vida maior que há no teu Ser!

Esquece tudo, o próprio mundo esquece,
e esquece a tua vida, porque a tua vida
vale mais se a souberes fazer grande
e cada vez maior
na tua exortação...
Se o teu destino é estranho e é diferente,
se não nasceste igual a toda gente,
- ensina o canto livre e a vida nova
aos Prometeus da Razão!

Faze tu mesmo, o teu próprio Universo,
- tua terra
- teu céu
- tua vida
- teu verso...
E o Universo dos homens que te importa então?
Sê louco!... Que a loucura é essa subida
de pequenez restrita da verdade
à grandeza infinita da Ilusão!

O teu sonho não traz o pedestal na terra,
teu espírito é assim como um condor boiando
nos espaços azuis...
Sobe... devassa os céus, de lado a lado,
vê se existe algum poeta, além, por outros mundos,
esse poeta que à noite escreve com as estrelas,
não tendo ao solo acorrentado os pés!

Sonha, poeta!... Eu quero ver-te aflito
sacudir os teus braços na amplidão
a ferir com teus dedos o Infinito...
E ao baixar tuas mãos,
de novo ao vê-las,
hás de exclamar, tenho-as de ouro e lilás!;
e olhando para o céu
verás o céu sangrando
de estrelas,
e as tuas mãos, a transbordar estrelas
assombrado verás!

Não trouxeste o destino de arrastar
a tua ânsia na terra
onde os homens pregados vão de rastros...
Solta a tua alma azul no espaço azul,
os teu sonhos semelham-se a bandeiras
fremindo ao vento no cordel dos mastros!
- vai brincar com os cometas sem destino
e conversar com os astros!

Sonha! Que este sonhar só bem te faz!
Sê sempre o mesmo:
Um louco!
Um incomum!
Não te sujeites a domínio algum,
e que o teu sonho não acabe mais!




sábado, 15 de setembro de 2012

SOMBRAS INTERIORES - haikai de Elen de Moraes Kochman - e um POEMA DE PABLO NERUDA


Poema de Pablo Neruda


Dois amantes ditosos fazem um só pão,
uma só gota de lua na erva,
deixam andando duas sombras que se reúnem,
deixam um só sol vazio numa cama...

De todas as verdades escolheram o dia....
não se ataram com fios senão com um aroma,
e não despedaçaram a paz nem as palavras...
A ventura é uma torre transparente...
O ar, o vinho vão com os dois amantes,
a noite lhes oferta suas ditosas pétalas,
têm direito a todos os cravos...

Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem muitas vezes enquanto vivem...
têm da natureza a eternidade...


(Quem souber o autor da tradução pf avisar para que eu dê o devido crédito)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PÁGINAS DA VIDA - Elen de Moraes Kochman


 Deixo-lhes um artigo que escrevi para o jornal 
TRIBUNA PORTUGUESA (http://www.tribunaportuguesa.com), 
em 2010, mas um assunto sempre atual. 
Espero que gostem!

PÁGINAS DA VIDA


Elen de Moraes Kochman

Não pretendo fazer explanação científica sobre “Recordações, Intelecto, Mente Consciente, Mente Divina”, etc, porque não tenho formação para tanto e muito menos informações suficientes, como Tor Norretranders, jornalista da ciência. No seu livro “User Illusion: Reduzindo a Consciência de Tamanho”, cita estudos e pesquisas, inclusive do professor Benjamin Libet, da Universidade da Califórnia, São Francisco, e mostra que decisões são tomadas antes que a Consciência as tome e que o intelecto não é sabedor disso, acreditando que ele decide. 

O que me proponho, portanto, é falar sobre erros e acertos, involuntários ou não.

Uma música, uma poesia, um cheiro, uma foto e de repente nossas lembranças viajam, sem conseguirmos conter as rédeas dos pensamentos, em busca de lugares perdidos e das pessoas que participaram da nossa vida em algum momento, mas que deixamos escapar, como as folhas carregadas pela ventania, nos dias chuvosos de outono.

O tempo nos atropela, muitas vezes, porque ficamos parados em seu caminho, pensando numa melhor solução para nossos problemas, enquanto a vida se movimenta. E outras vezes, ao contrário, tanto corremos que passamos por cima dos nossos sonhos e das pessoas que nos querem bem, sem nos importarmos se as machucamos ou se as afastamos, no afã de experimentar novas emoções, em busca do sucesso, de uma vida melhor, diferente. Entretanto, na maior parte do tempo, o que conseguimos é correr atrás do vento.

O que dizer, então, de quem usamos para conseguir nossos objetivos, premeditada ou involuntariamente? Quando essas recordações congestionam nossa mente e apertam nosso coração é o sinal vermelho para não trafegarmos por essa extensa e perigosa avenida que é o nosso egoísmo. Embora o egoísmo seja justificável quando se trata de uma saudável competição, ele é um desastre para a convivência afetiva, com nossos amores, amigos e familiares. Uma pessoa egoísta não vê e não se importa com o que o outro sente, pensa ou gosta. Ela acredita, absolutamente, que está certa nas atitudes tomadas e jamais volta atrás, não sabe pedir desculpas, não sabe perdoar, não se arrepende do que faz e se sente remorsos, nunca demonstra.

Viver não é fácil, sabemos. Não é só uma sucessão de dias e anos que nos empurram em frente, até o fim. Viver é uma aventura maravilhosa se planejarmos nossa “viagem”, levando em conta os prós e os contras e se nos decidirmos pelas melhores estradas, mesmo que o tempo se torne mais longo, até alcançarmos nosso objetivo.

O que vivemos até aqui são águas passadas, tudo bem, mas é a nossa história. Se fomos infelizes e trazemos isso no rosto estampado, se da nossa luta pela vitória ficou nos lábios um grito abafado, se à nossa volta as pessoas se calavam quando precisávamos de uma palavra amiga, se aos nossos filhos não soubemos amar e nos dar como precisavam, se a dor do nosso semelhante não nos tocou o coração e não nos fez derramar lágrimas de solidariedade, se as decepções sofridas abriram feridas dolorosas demais, a ponto de não as conseguirmos esquecer, se os amores que passaram por nossa vida só nos magoaram e nos trouxeram tristezas, infelizmente, nada mais podemos fazer, porque não podemos, nessas páginas viradas, reescrever os nossos sonhos perdidos e delas não podemos apagar os erros cometidos. Também não conseguiremos substituí-las, porque sabemos que o que de bom ou de ruim fizemos, ficou escrito e marcado, no coração e na alma dos que, um dia, nos amaram e, quem sabe, nos amarão para sempre, em silêncio.

Agora, o que vale é preenchermos, acertadamente, as folhas em branco que nos sobraram. Se não podemos refazer a caminhada, podemos - devemos - alterar o próximo percurso e tentar melhorar o nosso desempenho, para lograrmos êxito na etapa final. Mudar conceitos e preconceitos. Deixar de lado o que achávamos certo e nunca funcionou. Recomeçar, sem medo de errar, todavia prestando atenção para não cometer os mesmos erros e sofrer ao ver que o tempo não será suficiente para consertá-los.

Devemos olhar melhor à nossa volta: tantas pessoas invisíveis que nos cercam com seus olhares suplicantes e tantos lábios trêmulos, com meio sorriso aberto, quem sabe, esperam, hoje, um gesto nobre, aquele que deixamos de fazer e que em função disso também não o fizeram. Não esperemos que tomem a iniciativa. Os mais fortes e generosos a tomam primeiro. Muitos têm esse privilégio, porém, poucos sabem aproveitá-lo.

Bom seria se, ao tomarmos consciência do papel que desempenhamos, entendêssemos a nossa transitoriedade e que o restante da nossa jornada fosse feita de mãos dadas com o amor, a ternura, a compreensão, a generosidade e, sobretudo, com a aceitação do nosso EU, bem como a do nosso semelhante. Estaríamos, assim, escrevendo as melhores páginas da nossa vida. 



  
  

domingo, 9 de setembro de 2012

AMOR ETERNO - Elen de Moraes Kochman - (borboleta poeta)



Amor eterno

Elen de Moraes Kochman


O eterno amor que desde antigas eras
Tens buscado, pra doar teu coração,
Chegou enfim... despido de quimeras.
Realidade da tua paixão!


Serão felizes! Serás muito amado!
Retribuirás na mesma medida.
É a alma gêmea que tens desejado,
Vindo bater à porta da tua vida!


Sabemos que rápido o tempo passa,
Que a solidão à beira do caminho
É desmedida dor que nos devassa,


É má companhia, dorido espinho
Que a alma dos solitários traspassa.
Bom mesmo é amar! E não seguir sozinho!



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

DOMADORA DE ESTRELAS - Elen de Moraes Kochman

Para a flor e seu poeta



DOMADORA DE ESTRELAS


Elen de Moraes Kochman
(borboleta poeta)


Flor do sertão... borboleta
Azul como o mar do norte...
- Mulher ardente ou ninfeta? -
Doou ao poeta a sorte


Do amor e da inspiração!
Fez arder seus pensamentos,
Bolinou sua paixão
E calou seus argumentos!


Seus desejos mitigou
Despindo um a um seus véus...
Suas estrelas domou
No aconchego dos seus céus...


Com o universo em sobressalto,
O prazer fala mais alto!



domingo, 2 de setembro de 2012

BEM-TE-VI - Elen de Moraes kochman - Pensamento sobre sofrimento e prazer, de Freud



Esforçamo-nos Mais por Evitar o Sofrimento
do que Procurar o Prazer.

Privamo-nos para mantermos a nossa integridade, poupamos a nossa saúde, a nossa capacidade de gozar a vida, as nossas emoções, guardamo-nos para alguma coisa sem sequer sabermos o que essa coisa é. E este hábito de reprimirmos constantemente as nossas pulsões naturais é que faz de nós seres tão refinados. Porque é que não nos embriagamos? Porque a vergonha e os transtornos das dores de cabeça fazem nascer um desprazer mais importante que o prazer da embriaguez. Porque é que não nos apaixonamos todos os meses de novo? Porque, por altura de cada separação, uma parte dos nossos corações fica desfeita. Assim, esforçamo-nos mais por evitar o sofrimento do que na busca do prazer.

Sigmund Freud, in 'Correspondência (1883)'
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

VOZ: Elen de Moraes Kochman - Elegia do adeus

Outras postagens

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Rio de Janeiro - Br

Rio de Janeiro - Br
Aterro do Flamengo - ressaca

Amanhecer no Rio de Janeiro

Amanhecer no Rio de Janeiro

Amanhecer no Rio de Janeiro

Amanhecer no Rio de Janeiro

Nevoeiro sobre a Tijuca

Nevoeiro sobre a Tijuca
Rio de Janeiro

Tempestade sobre a Tijuca

Tempestade sobre a Tijuca
R< - Br

Eu me perco em teu olhar...

Eu me perco em teu olhar...